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Os sinais que o corpo emite


Interpretando a nossa linguagem corporal e a dos outros, conseguimos ter mais controle sobre as situações





Quando conversamos com alguém, as palavras são usadas para transmitir informações e a linguagem corporal para reforçá-las ou contradizê-las. E o mais interessante disso tudo é que raramente temos consciência de que nossas posturas, gestos e expressões podem contar uma história enquanto a voz está contando outra. É um pouco atordoante descobrir isso, até porque é muito mais difícil controlar a linguagem corporal do que a verbal. Mas com treino, é possível se conhecer e, também, perceber atitudes nos outros.



O antropólogo Ray Birdwhistel, pioneiro nos estudos de comunicação não verbal, descobriu que mais de 65% da comunicação acontece por meio das expressões faciais, gestos e tudo que não falamos. Alguns sinais básicos são os mesmos em todo o mundo, como sorrir quando se está feliz ou franzir as sobrancelhas quando se está zangado. Outros variam de cultura para cultura. A seguir, explicarei alguns sinais universais e que transmitem acessibilidade ou representam barreiras de comunicação.



Barreiras de comunicação


Os braços cruzados diante do corpo enquanto conversa com alguém ou escuta a fala do outro representam uma barreira de comunicação, porque transmitem que você não concorda com o que a pessoa está falando ou que discorda do que está ouvindo. Se os braços estiverem firmemente cruzados e os punhos cerrados, isso é indicativo de atitude hostil. Pernas cruzadas também transmitem atitude defensiva.


Durante conversas ou negociações, convém evitar mãos dentro dos bolsos, porque pode passar uma sensação de que não é confiável e que está escondendo algo. Conversar com alguém atrás de cadeiras, computadores ou qualquer móvel também representa uma barreira, porque passa a impressão de que você está tentando se proteger daquela situação.


Linguagem corporal positiva


O sorriso abre portas. Parece clichê, mas é verdade. Não hesite em sorrir quando entrar em contato com outras pessoas.


Manter os braços e pernas descruzados e peito aberto durante o diálogo transmite abertura às ideias da outra pessoa, assim como balançar a cabeça em sinal de sim. O olho no olho também cria conexão. Mas não exagere a ponto de a pessoa se sentir constrangida.


Manter-se ereto, com o peito aberto, de frente para o interlocutor, é uma atitude gentil. Mas lembre-se sempre de respeitar o espaço corporal alheio. A zona íntima de contato varia de 14 a 46 centímetros de distância entre os corpos. Só se deve chegar tão perto assim de pessoas íntimas, como parentes e amigos mais próximos. As pessoas tendem a se tornar intolerantes quando pessoas invadem sua zona íntima. Em contatos com pessoas sem vínculo afetivo, prefira a zona pessoal de 46 cm a 1,20 cm. Esta é a distância que permanecemos em atividades sociais em geral.


Esses são pequenos exemplos de como o nosso corpo emite sinais o tempo todo e é realmente difícil aprender e prestar atenção em todos eles. Mas a boa notícia é que nosso cérebro já está programado para ler uma grande quantidade destes sinais. Basta você prestar atenção!

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